Ao contrário dos tempos atuais, quando Lewis Hamilton e Sebastian Vettel tornaram-se campeões mundiais de Fórmula 1 pela primeira vez aos 23 anos, Giuseppe “Nino” Farina era bem mais experiente ao conquistar o primeiro campeonato da história da categoria. Nascido na cidade italiana de Turim em 1906, ele tinha 43 anos quando sagrou-se campeão ao vencer três das sete corridas da temporada de 1950. Formado engenheiro, ele disputava corridas desde 1930 e foi campeão em seu país em 1937, 1938 e 1939.
Piloto da Alfa Romeo na Itália, Nino continuou na equipe para o primeiro campeonato mundial junto com outros três pilotos. Na primeira corrida da Fórmula 1, o Grande Prêmio da Grã-Bretanha, disputado em Silverstone, Giuseppe Farina foi soberano: além de vencer, fez a pole position e a volta mais rápida da prova, na qual o pódio foi formado por três pilotos da equipe Alfa Romeo. No GP seguinte, em Mônaco, saiu na primeira volta após girar e bater, após perder o controle do carro em virtude da pista molhada.
Nino não participou da terceira corrida, as 500 Milhas de Indianápolis, pois a prova que já era tradicional na época era restrita a pilotos americanos. De volta ao campeonato no GP da Suíça, Giuseppe venceu após largar em segundo. As corridas seguintes, na Bélgica e na França, seriam vencidas por Juan Manuel Fangio, com Nino ocupando o 4º e o 7º lugares respectivamente. Correndo em casa, Giuseppe Farina ganhou o GP da Itália, em Monza, sagrando-se campeão com o mesmo número de vitórias de Fangio, mas com três pontos a mais na classificação.
Depois do título, Giuseppe Farina só venceria mais duas corridas: na Bélgica pela Alfa Romeo em 1951 e na Alemanha em 1953 pela Ferrari. Sua última participação na Fórmula 1 foi em um treino para as 500 milhas de Indianápolis, em 1956, quando acabou não se classificando para o Grande Prêmio. Dez anos depois, ele faleceu em um acidente fora das pistas, quando estava na estrada viajando para acompanhar o GP da França de 1966.