O que levar em consideração antes de ter um animal de estimação

A chegada de um novo animal em casa é motivo de alegria e demonstrações de carinho. Mas a decisão de trazer para sua residência uma vida que será dependente de você é também uma grande responsabilidade. A decisão de ter um bicho de estimação deve ser pensada com cuidado e não ser feita por impulsos causados por situações passageiras, afinal você cuidará desse ser vivo durante vários anos. Aqui estão nove aspectos que devem ser considerados para a sua decisão ser a melhor possível:

Qual raça escolher?

A decisão de ter um animal de estimação muitas vezes divide-se apenas em relação a espécie, principalmente entre cães ou gatos. Mas a raça a ser escolhida também deve ser decidida com muito cuidado. Leve em consideração o porte do animal na idade adulta, pensando no lugar onde você vive e avaliando se ele terá o espaço necessário. Além disso, pesquise se animais da raça que você deseja são muito agitados. E se optar por cães com pelos longos lembre que eles precisam ser escovados com frequência.

O seu prédio permite a entrada de animais?

Apesar da legislação brasileira não possuir leis sobre o tema e garantir a autonomia do dono dentro de sua propriedade privada, alguns condomínios proíbem os animais, inclusive com isso constando em seus estatutos. Decidir ter um bicho em um local onde há essa regra pode no mínimo lhe trazer conflitos. A presença deles em áreas de convívio coletivo também pode ficar comprometida. E ainda que eles sejam permitidos, lembre-se que seu animal precisará ser educado para que não latir de maneira incessante e incomodar os vizinhos.

Alguém da sua família tem alergia a animais?

É importante que antes levar um bicho de estimação para casa se converse com todos da família, inclusive para saber se alguém possui alguma uma alergia. Pessoas asmáticas, por exemplo, têm uma tendência maior a serem alérgicos a alguns animais. Caso só sejam sentidos sintomas após a chegada do animal eles podem ser, por exemplo, tosse; garganta seca; nariz coçando ou pingando; olhos vermelhos ou lacrimejando; espirros e coceira na pele.

Ainda assim existem saídas que podem fazer com que o bicho continue na casa, mantendo os animais em ambientes externos, evitando que eles entrem no quarto da pessoa alérgica e higienizando com maior frequência o animal e os locais por onde ele passa. Além disso, médicos podem sugerir tratamentos que ajudam as pessoas a lidarem com as alergias. E caso seja necessário não conviver mais com o animal, NUNCA abandone ele na rua.

Leve seus familiares para buscarem o animal

Possíveis discordâncias familiares sobre seu novo bichinho devem ser resolvidas antes dele chegar a seu novo lar. É preciso que decisões como raça e sexo do animal sejam consensuais, para que o animal não chegue na nova casa tendo de conviver com alguém que possua alguma antipatia a ele.

Custos

Uma das responsabilidades que se assume ao ter um animal de estimação são os gastos necessários para mantê-lo com uma boa qualidade de vida. Isso inclui comprar ração boa e na quantidade correta, produtos de higiene, brinquedos e cuidados veterinários. No caso da escolha de gatos, caso você viva em um prédio, lembre-se que será necessário instalar telas de proteção nas janelas.

Divisão dos cuidados

Antes de levar o animal para casa é útil que a família combine quem assumirá cada responsabilidade em relação ao bicho, como ir comprar ração, levar para passear e idas ao veterinário, por exemplo. Assim, com cada um fazendo aquilo que foi combinado antes, ninguém se sentirá sobrecarregado.

Crianças

Caso elas sejam o motivo da chegada do bichinho, converse para que elas entendam que trata-se de uma vida que exige cuidados e não apenas um brinquedo que pode ser trocado por outro. Observe se o interesse delas pelo animal é verdadeiro ou se é apenas porque um amiguinho tem um bicho e ela só quer ter um por isso.

Só conte com o fato dela assumir responsabilidades para com os cuidados do animal caso ela já tenha maturidade para isso, demonstrando ter comprometimento com outras atividades da rotina dela. Além disso, esteja pronto para tornar-se o principal responsável pelo bicho caso a criança perca o interesse pelo animal ao longo dos anos.

Você tem tempo para ter um animal de estimação?

Quando o animal chegar você precisará ter tempo e paciência para que ele aprenda onde fazer suas necessidades, conheça os locais onde pode e não pode subir, entenda que não pode roer tudo que vê pela frente e nem latir sem parar incomodando os vizinhos. Além disso, todos precisamos de atenção, portanto o animal precisará conviver com você para que não se sinta sozinho.

Passar o dia inteiro na rua se torna complicado caso você habitue seu cão a ir passear. Além disso, a ração e a água do animal precisará ser renovada. Saídas muito longas ou viagens podem exigir que você deixe seu animal com alguém de confiança ou em um hotel para cães.

A velhice chega

Quando seu animal de estimação ficar idoso serão necessários cuidados adicionais e esse momento exigirá paciência com aquele que terá sido seu companheiro durante muitos anos. Ele vai interagir e caminhar menos, poderá não reconhecer os donos e ficar menos dócil. Como foi dito ao longo do texto, o compromisso não é apenas com o filhotinho, mas com o animal por toda sua vida.

Dicas de leitura

“Manual do Dono: Cãozinho Feliz” de Sara John

Um guia para quem pretende adotar um filhote ou já tem seu cachorro. A autora, especialista em psicologia canina, dá dicas e informações importantes para que cão e dono vivam em harmonia e em ambiente saudável. O livro traz informações detalhadas, ilustradas com quadros e fotos desde a escolha do filhote adequado e dicas para lidar com os primeiros problemas aos cuidados com saúde, higiene e alimentação. Também mostra como adestrar o animal, como brincar, passear e viajar com ele.