Drones devem monitorar o desmatamento na Amazônia em 2019

Problema de longa data, o desmatamento na Amazônia só aumenta. As soluções apresentadas nunca resolveram a questão. O quadro é tão preocupante que em fevereiro um estudo da revista Science Advances apontou que estamos vislumbrando um nível quase irreversível. Isso porque a floresta produz metade das próprias chuvas, de forma que quando uma área é desmatada ela pode afetar outras com a escassez de água.

Em 2019, o combate ao desmatamento deverá finalmente ganhar o reforço de drones. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) inicia nesse segundo semestre uma fase de testes com três modelos de veículos aéreos não-tripulados. Será escolhido um que a equipe de testes entender como mais efetivo, e assim outros drones do mesmo modelo deverão ser adquiridos.

“Graças às câmeras de alta resolução e infravermelho, os drones são capazes de registrar imagens a qualquer hora do dia sem que uma equipe de dez pessoas precise se deslocar até o local”, afirma  André Alamino, coordenador de fiscalização do ICMBio ao site do instituto. Atualmente até aeronaves são alugadas para apoiar na fiscalização. Assim, os custos devem cair, restando mais recursos para apoiar no monitoramento.

Atualmente a Amazônia é dividida em várias Unidades de Conservação (UC’s). Concluída a fase de testes, o ICMBio deverá treinar servidores dessas UC’s, além de enviar pilotos mais experientes em operações especiais. As primeiras áreas a receberem esse treinamento devem ser a Reserva Biológica do Cachimbo e o Parque Nacional do Jamanxim, no Pará.